segunda-feira, 20 de julho de 2009

Reacionária ou Visionária?


Antes de começar meu post gostaria de definir o termo REACIONÁRIO.
Reacionário é todo aquele que se contrapõe à Revolução, entendida como a subversão da ordem natural da sociedade e a ruptura da continuidade histórica da cultura (tradição). O reacionário é o oposto do revolucionário. O termo vem de reagir, no sentido de que os reacionários são os que reagem contra a Revolução. Foi empregado pela primeira vez no contexto da Revolução Francesa.
Por que fiz essa definição deve ser o que você está se perguntando? Simples, porque sou contrária a certas mudanças que vejo no país, uma delas está diretamente ligada a questão da “Política da Cotas na Universidades Brasileiras”.
Vejam bem, não é com uma vaga garantida em um centro universitário que vamos conseguir resolver o problema da educação brasileira.
Se analisarmos a questão das cotas chegaremos à conclusão que elas nada mais são que uma forma mascarada de continuar excluindo aqueles que sempre se mantiveram a margem da sociedade.
Ao criar a política de cotas o governo indiretamente está afirmando que os beneficiados receberam tal vantagem porque não são capazes de concorrer de igual para igual com um aluno de escola particular.
Então onde está o “x” dessa questão? Na melhoria do ensino público do Brasil. Se tivermos professores qualificados, bem pagos e respeitados conseqüentemente teremos alunos aptos a disputarem de igual para igual uma vaga em um centro universitário.
Outro ponto que me chama muita atenção na questão das cotas é o surgimento dentro das universidades de dois grupos com diferenças discrepantes. Aqueles que conseguiram alcançar sua vaga por méritos e esforços próprios e que são capazes de concluir o curso sem dificuldade e um grupo que recebeu o favorecimento do governo e que por não terem tido uma boa base se tornarão excluídos.
Esse processo pode acabar levando muitos jovens a uma sensação de frustração gigantesca, pois de posse de seus diplomas, muitos deles não estarão aptos para o mercado de trabalho.
Outro ponto relevante que tenho notado no sistema de cotas é o fato das pessoas poderem se autoproclamar negras para usufruírem o benefício governamental ou seja, hoje em dia basta uma pessoa simplesmente se registrar como negro, mesmo não o sendo para conseguir o beneficio de entrar para uma faculdade sem esforços. Vejo nisso o surgimento de um grupo de pessoas aproveitadoras que já perceberam as brechas e falhas do programa de cotas.
Para finalizar volta a ressaltar que a única forma de melhor as condições da sociedade brasileira seria por meio de uma boa qualidade de ensino e não por esmolas oferecidas pelo governo brasileiro.
Como professora levanto minha bandeira em pról de uma escola pública de qualidade.
O vídeo a seguir mostra como a questão das cotas (pelo menos as raciais) são absurdas, podendo causar contraições racistas dentro desse próprio sistema.



4 comentários:

  1. Realmente absurdo! Concordo, amiga Júnia. O que o governo faz ao oferecer cotas para determinada camada social ou racial é nada mais que TENTAR corrigir uma falha de uma política pública ineficaz. "Já que não é de nosso interesse melhorar as condições da escola pública (frequentada na maioria por alunos negros), vamos oferecer cotas para esses coitados" Assim diria o governo?.
    Sei que ao conseguirem ultrapassar as portas da universidade, serão, lá dentro, mais uma vez discriminados, tachados, rotulados. Continuarão a desempenhar, agora no meio acadêmico, o papel de pobres e negros que precisaram da esmola desse "santo" governo para conseguir aquilo que é tão natural para os favorecidos: ingressar no ensino superior.

    Abraços, Juliana.

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  2. Querida Júnia,
    indiquei seu espaço para o Selo/Prêmio.Vá até o mundinho Cravo e Canela e leia as regras.
    Beijoca
    Gabriela

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